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Tomada de Posse dos Corpos Sociais

| 17.01.11 | PDF 
TPosseconvidados_150No passado dia 14 de Janeiro de 2011, pelas 21,30 horas, realizou-se na sede do Casal Popular da Damaia a cerimónia de Tomada de Posse dos Corpos Sociais para o biénio 2011/2012.
Estiveram presentes dezenas de convidados, amigos, trabalhadores e utentes da associação, dos quais destacamos:
João Bernardino, em representação da Direcção da União Distrital de Lisboa das IPSS;
António  Carixas, Vereador da CDU na Câmara Municipal da Amadora
Jorge Roque da Cunha, Vereador do PSD na Câmara Municipal da Amadora
José Flores, em representação da Junta de Freguesia da Damaia
Alcide Marques, Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Amadora
Mário Conde, Comandante dos Bombeiros Voluntários da Amadora
Emílio Lima, Presidente do Damaia Ginásio Clube
Conceição Santos, Presidente do Sport Futebol Damaiense
Guiomar Perreira, Presidente da Associação dos Reformados e Pensionistas da Damaia.

 

 


 

Associação de  Solidariedade Social  Vencer
CASAL POPULAR DA DAMAIA

Discurso do Presidente da Direcção
na Tomada de Posse dos Corpos Sociais em 14 de Janeiro de 2011

Ilustres convidados
Caros membros dos corpos sociais, utentes e trabalhadores da Associação
Minhas senhoras e meus senhores

Agradeço a todos os presentes, terem querido compartilhar connosco este acto solene, que é a Tomada de Posse dos Corpos Sociais da nossa Associação, o que só vem enriquecer e prestigiar este acto.

Estatutariamente os órgãos dirigentes são eleitos por um período de dois anos, preceito que, desde 1991 temos vindo a respeitar, pelo que desde então, pela minha parte, (e também a do Dr. Mário Oliveira) já contamos 10 Tomadas de Posse.

É muito tempo, para alguém que se candidatou para um mandato de dois anos e já conta 20 anos de actividade. As circunstâncias assim o determinaram. Não por qualquer motivação de carácter pessoal, mas porque os superiores interesses do Casal Popular assim o exigiram. Não porque sejamos insubstituíveis, mas porque as alternativas não apareceram e a Associação não se pode dar ao luxo de mergulhar em qualquer crise de direcção, assim como não poderá legalmente funcionar sem a plena assunção de funções dos seus órgãos dirigentes.

Em todo o caso, temos ao longo do tempo renovado a equipa, e é nesta simbiose de velhos e novos, de experientes e iniciantes, que temos beneficiado da experiência e dos conhecimentos de uns e do vigor do entusiasmo e do voluntarismo dos outros.

Mas, há que dizê-lo desde já, o grande mérito do trabalho desenvolvido no Casal Popular, advém de uma equipa de profissionais empenhada e cada vez mais qualificada, que tem sabido corresponder às novas exigências e, sobretudo, acrescentar às suas funções profissionais um relacionamento humano com os utentes que é de louvar e reconhecer.

A crescente qualificação dos nossos profissionais não é uma mera afirmação de retórica. De facto, em 1991, quando iniciamos funções no Casal, dos 36 profissionais existentes, não havia um único licenciado. Hoje, temos no quadro de efectivos da associação cerca de 48 trabalhadores, dos quais 11 possuem uma licenciatura (2 Assistentes sociais, 2 educadores sociais e Uma psicóloga que está a desempenhar as funções de coordenadora do CATL e 6 Educadoras de infância).

Também os outros profissionais têm frequentado acções de formação em diversas áreas, pelo que, progressivamente têm vindo a melhorar a sua qualificação e o seu desempenho profissional.

É de facto o capital humano, a maior riqueza do Casal Popular da Damaia. Essa mesma conclusão consta do relatório da Auditoria que no ano passado foi feita à nossa Associação, no âmbito da certificação da Qualidade.

Somos uma associação com recursos financeiros limitados. Mas é com orgulho que nos apresentamos como a primeira associação, a nível nacional, a ser certificada com o Nível C da Qualidade, em todas as Respostas Sociais. Um percurso que iniciámos há dois anos e um desafio que no futuro nos levará ao nível B e até ao nível A, objectivo que não é fácil de alcançar mas que nos motiva para progredirmos nesse sentido.

A certificação da Qualidade sendo relevante, não é um objectivo em si mesmo, o importante é procurarmos cada vez mais, com os recursos disponíveis, proporcionar aos nossos utentes um serviço cada vez melhor. É isso que nos move, é essa a nossa principal preocupação.

Ambição não nos falta para desenvolvermos o Casal Popular da Damaia em torno da sua missão social junto da população da Damaia, em especial dos mais desprotegidos.

Queremos melhorar as instalações ao nível da cozinha, dos serviços administrativos;
Queremos reconverter as instalações do antigo ATL para outra Resposta Social, eventualmente a ampliação da Creche;
Queremos fazer obras de beneficiação necessárias, como a renovação da instalação eléctrica no espaço exterior e a renovação do pavimento da rampa de entrada para evitar as derrapagens das viaturas;
Queremos adquirir uma nova viatura para possibilitar uma melhor distribuição dos almoços do Serviço de Apoio Domiciliário;
Queremos edificar um Lar de Idosos tão necessário na Freguesia da Damaia.

Queremos,  queremos…  É bom querer, é bom sonhar… 
Já Fernando Pessoa dizia que “O Homem sonha e a obra nasce”

Poesia à parte, no mundo em que vivemos, para se fazer obra, é preciso algo mais do que “o querer e o sonhar”.

Para a concretização dos nossos sonhos é necessário financiamento.
(nós temos no nosso seio alguns bancários. Mas não temos nenhum banqueiro…).

É neste particular que entram (ou deveriam entrar) as entidades públicas, quer ao nível do governo central, através do Ministério do Trabalho e da Segurança Social, quer ao nível do poder local, através da Câmara Municipal.

De facto, compete em primeira instância às entidades públicas a resolução dos problemas e das carências sociais.

As IPSS, são entidades que numa lógica de proximidade com as populações, actuam de forma complementar com outras instituições, procurando ajudar a resolver esses problemas e a atenuar essas carências. Com os seus escassos recursos, não se pode exigir às IPSS que carreguem com os males do mundo.

E se é nos períodos de crise (como aquela em que estamos mergulhados) que mais se recorre à ajuda das instituições de solidariedade social, deverá também ser nestas alturas, que os apoios oficiais às IPSS não podem faltar, sob pena de ficarmos impossibilitados de cumprir a nossa parte.

Como associação popular, procuramos manter uma ligação estreita à população e ao meio social onde estamos integrados. Fomentamos o bom relacionamento e a parceria com outras associações e colectividades quer de natureza social, quer de natureza cultural, desportiva ou recreativa. Estamos todos no mesmo barco, que é o movimento associativo, entidades sem fins lucrativos, que constituem um pilar fundamental da chamada economia social.

Os corpos sociais que agora tomam posse têm pela frente dois anos, não tanto de trabalho (esse não nos vai faltar), mas sobretudo de responsabilidade. Responsabilidade, que aqui hoje formalmente assumimos, para com uma associação singular, que merece da nossa parte todo o esforço e empenho, para que possamos chegar ao fim do mandato com a satisfação do dever cumprido e passar o testemunho a outros, apresentando-lhes uma associação senão melhor, pelo menos igual ao que ela é hoje: uma associação respeitada, com uma actividade meritória e reconhecida pela população e, particularmente pelos utentes que constituem o princípio e o fim da sua actividade social. 
Que viva o Casal Popular !
Damaia, 14 /1/11
João Caixado